A construção de um alcoolduto que ligaria Maringá, no Noroeste do Paraná, ao Porto de Paranaguá, visando aumentar exportação do álcool e reduzir os custos na produção, foi o tema de uma reunião nesta terça-feira (20) entre o governador Roberto Requião e representantes da Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar). O Paraná é o segundo maior produtor de álcool do Brasil.
Requião solicitou que os estudos sejam aprofundados em reuniões com o Porto de Paranaguá e a Copel. ?Tudo isso será colocado no papel para que mais tarde seja novamente apresentado ao governador?, informou o coordenador do Programa de Expansão Sucroalcooleiro do governo do Paraná, Mario Lobo. Segundo ele, o alcoolduto é um tema de grande importância já a procura pelo álcool tem aumentado em todo mundo.
Para o presidente da Alcopar, Anísio Tormena, a construção do duto traria inúmeros benefícios ao Paraná, principalmente porque a obra atenderia uma região que é o centro da produção de álcool e açúcar do Paraná. ?O governo nos pediu que fizéssemos um estudo, o que nós já estamos fazendo, e é claro que é um projeto embrionário, ou seja, ainda vai demandar tempo, por ser algo que soma recursos vultuosos. Mas, de empreendimentos dessa natureza, nós fazemos questão de participar?, explicou Tormena.
De acordo com ele, o seguimento sucroalcooleiro do Paraná é bastante tradicional. Em agosto de 2004, lembrou o presidente da Alcopar, o governador chamou os empresários do setor porque deseja o crescimento da atividade. ?É uma área que gera muitos empregos, dá uma opção ao combustível não-renovável e promove o uso mais racional de algumas áreas de terra?, salientou.
?Nós avançamos e cumprimos aquelas metas que foram estabelecidas na época. É obvio que juntamente com esse crescimento vêm alguns problemas. Portanto, precisamos melhorar alguma coisa na área da logística, na questão do Porto, de terminais, de rodovias, ferrovias e acima de tudo na construção desse duto, que traria muitos benefícios em relação à exportação?, disse ainda Tormena.
Em relação a essas outras questões, o presidente da Alcopar informou que o governador prometeu resolver a questão das rodovias, com encontros com o DER, e de energia, através de estudos junto às entidades do governo, como a Copel. ?Mantemos uma interação perfeita com o governo do Estado? fsaleintou.
O presidente da Alcopar também confirmou que há uma previsão de 15% no crescimento da produção de álcool e açúcar no Paraná. ?Nós vemos isso com muito bons olhos. Entendemos que o nosso trabalho está sendo importante, está dado frutos. O alcance social do seguimento de álcool e açúcar no Paraná é muito grande, é o seguimento que mais gera postos de trabalho no interior?, avaliou.
Tomena disse também que a expansão das plantações de cana atinge principalmente áreas de pecuária. ?Nós não estamos usando nenhuma área que hoje é ocupada por milho, soja ou trigo. Por isso, a expansão da cana é uma atividade viável. O álcool é um produto que se consolida a cada dia mais no mercado interno e externo e nós vamos aproveitar a vocação que o Paraná tem para ampliar a produção do combustível?, afirmou.