Rodrigo Arangua/AFP

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O Uruguai, em quarto lugar, e o Paraguai, que nunca havia ficado entre os oito primeiros, evitaram um fiasco ainda pior dos latinos na África do Sul, onde grandes potências do futebol mundial, Brasil e Argentina, além do México, tiveram desempenho bem abaixo do esperado.

Os uruguaios, que não se davam tão bem havia 40 anos, ficaram em quarto lugar, assim como em 1954 (Suíça) e 1970 (México), mas caíram diante da Holanda (3-2) nas semifinais e não conseguiram o tricampeonato.

Além do Uruguai, outra seleção da América Latina que se destacou foi o Paraguai, que havia chegado às oitavas três vezes e que agora conseguiu uma vaga inédita nas quartas. Mas a sorte ficou no lado da Espanha, que venceu por 1-0 com gol de David Villa aos 38 minutos do segundo tempo.

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Argentina e Brasil, historicamente as duas maiores seleções do continente, foram para casa nas quartas de final ao perder, respectivamente, para Alemanha (4-0) e Holanda (2-1).

Os ‘hermanos’, com Maradona ainda inexperiente como técnico, ficaram longe do equilíbrio necessário entre uma defesa fraca e um ataque explosivo, com Lionel Messi e Gonzalo Higuaín. “Foi o dia mais duro da minha vida. (…) Não tenho forças para nada”, declarou na ocasião o eterno camisa 10.

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Em um péssimo dia do goleiro Julio César e do volante Felipe Melo, que levou cartão vermelho e deixou a seleção pentacampeã com um a menos em campo diante da Holanda, o Brasil foi vítima, antes de mais nada, do futebol defensivo em que Dunga insistia.

Depois de, pela primeira vez na história das Copas, quatro seleções sul-americanas chegarem às quartas de final, foi a hora de o sonho acabar.

O Chile, que ficara 12 anos fora do Mundial, teve uma boa primeira fase e conseguiu vencer pela primeira vez desde a edição de 1962, em casa. Fez 1-0 em Honduras e Suíça. Perdeu depois, ainda na primeira fase, para a Espanha (2-1) e para o Brasil (3-0), já nas oitavas.

O México passara da primeira fase pela quinta vez consecutiva, mas voltou a cair nas oitavas, para a Argentina (3-1). A seleção asteca mostrou um bom futebol, com destaque para o rápido Javier Hernández.

A derrota ficou ainda mais amarga para os mexicanos por causa do gol de Tevez, que estava impedido.

Honduras, de volta à Copa depois da edição espanhola (1982), perdeu para Chile (1-0) e Espaha (2-0) e ficou no zero a zero com a Suíça. A seleção pelo menos entrou na história dos Mundiais como a primeira a ter três membros de uma mesma família: os irmãos Palacios.

No que diz respeito aos jogadores, as grandes decepções foram Kaká, que não se recuperou da péssima temporada no Real Madrid, e Messi, que não fez um gol sequer. As grandes atuações foram o próprio Javier Hernández, o argentino Gonzalo Higuaín, que fez quatro gols, e os uruguaios Suárez e Forlán.

Depois desse papelão na África do Sul, em que a Europa passou a região no número de títulos, fica para 2014, no Brasil, a oportunidade de revanche dos latino-americanos.