Pode chegar aos tribunais o caso do deputado estadual Manoel Isidório de Santana, (PT) o Sargento Isidório, que na semana passada usou a tribuna do plenário da Assembléia Legislativa da Bahia para protestar, segundo ele, de uma ‘traumática experiência’ no consultório de um urologista, onde se submeteu pela primeira vez a um exame de próstata. Alegando que as repercussões do episódio correram o Brasil e amedrontaram eventuais pacientes que deveriam se submeter ao toque retal para a prevenção do câncer de próstata, a seccional baiana da Sociedade Brasileira de Urologia vai solicitar ao Legislativo estadual licença para processar o petista.

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O presidente da entidade, médico Modesto Jacobino, disse que um paciente seu reclamou e se recusou a fazer o exame depois que Sargento Isidório disse ter visto "estrelas" devido à suposta "rudeza" do procedimento. "Nosso receio é que essa declaração infeliz do deputado possa contribuir para a não-identificação precoce do câncer de próstata, aumentando o número de óbitos causados por essa patologia", disse, alegando que o petista prestou grande "desserviço à Nação", reforçando um antigo estigma em relação ao exame.

Apesar da repercussão do protesto do deputado, os urologistas querem realizar uma sessão especial na Assembléia Legislativa para esclarecer melhor o assunto à população. "Temos que contornar a situação pois estamos há anos tentando melhorar o nível de informação da sociedade e de uma hora para outra isso pode ir água abaixo", avaliou Jacobino.

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