Considerada a Universidade mais antiga do País, a UFPR completa neste dia 19 de novembro 94 anos de atividades. São 22.600 alunos em 49 cursos de graduação, aproximadamente 2.000 estudantes em 44 cursos de mestrado, doutorado e especializações, 1.696 professores e 3.581 funcionários técnico-administrativos. Além do ensino e da pesquisa uma das grandes prioridades tem sido a extensão universitária espalhados em 11 campi.
Há dezenas de projetos que vêm melhorando as condições de saúde e de ensino dos moradores do Vale do Ribeira e do Litoral, onde a UFPR desenvolve estudos no Centro de Estudos do Mar. Há dois anos o Campus do Litoral em Matinhos abriu novas perspectivas de ensino nas praias paranaenses. Já são 400 alunos em oito cursos e a meta é chegar a 2.000 alunos nos três próximos anos.
A solenidade que marca os 94 anos da UFPR será às 20 horas desta terça-feira no Teatro da Reitoria. O Conselho Universitário estará reunido para comemorar as atividades desenvolvidas nestes perto de um século de história. Haverá uma apresentação especial da Orquestra Filarmônica Juvenil da UFPR e o relançamento do livro Universidade do Mate, que conta um pouco sobre o período de maior importância econômica do Paraná – o ciclo da erva-mate, escrito pelo professor Ruy Waschowicz, já falecido. A própria equipe da Editora UFPR trabalhou na editoração, fazendo revisão minuciosa do texto. A intenção é apresentar uma edição bastante cuidadosa e bonita. O professor Ulf Gregor Baranov, do Departamento de Gestão da Informação, também auxilia no trabalho, preparando um caderno de imagens que enriquecem a nova edição. "O livro trata da história da fundação da antiga Universidade do Paraná, do esforço feito para seguir e mantê-la funcionando, mesmo quando foi necessário desmembrá-la, até o momento em que ela se torna uma universidade federal" explica do professor Luís Gonçales Bueno de Camargo, diretor da Editora UFPR. Ele comenta que a reedição se justifica pela própria importância da obra, pela luz que ela lança sobre o processo, complicadíssimo, que envolveu diversas pessoas e instituições, para dotar o estado de uma universidade.
"Nem precisa dizer o quanto é importante às pessoas que estão atuando hoje na instituição, contribuindo para que ela permaneça existindo e evoluindo, conheçam a sua história", enfatiza Luis, ao salientar que a partir desse conhecimento é possível analisar com mais precisão os problemas do presente, avaliar as tensões que atravessam as décadas e se recolocam, periodicamente, de formas diferentes. "Ir para frente é também olhar para trás", expõe. E para aqueles que se quiserem realmente conhecer essa história, um outro aspecto da publicação se torna ainda mais interessante: o livro reúne, na forma de anexos, diversos documentos. Assim, mais do que de interesse para o leitor comum, pode ser fonte para futuros historiadores que queiram se debruçar sobre esse tema.
Mas para o diretor da Editora, o interesse pelo livro ultrapassa em muito o universo da UFPR. "Nele há a demonstração de que há um forte entrelaçamento entre o momento histórico da criação da universidade e a situação de estado e de suas elites", expõe. E conclui: "Nesse sentido, entender a história da UFPR é também entender a história do Paraná". O diretor da Editora comenta ainda que, ao contrapor o caso da UFPR com o de outras instituições brasileiras, o livro contribui para que se entenda como se deu o processo de implantação do modelo universitário no país, e que se reflete em seu funcionamento até hoje.
