A Unipar e a Suzano são as futuras parceiras da Petrobras para consolidar a estratégia de fortalecimento da petroquímica na Região Sudeste, informou o diretor de Abastecimento e Refino da estatal, Paulo Roberto Costa.
Indagado sobre o fortalecimento da Braskem nos pólos das Regiões Sul e Nordeste, em entrevista coletiva à imprensa hoje, o diretor destacou que a Petrobras "está atenta" a isso. "A Petrobras não é reguladora do mercado, mas sim catalisadora dos investimentos. Não cabe a nós a obrigação de promover este ou aquele mercado, mas sim cumprir nosso plano estratégico, que prevê uma maior participação da Petrobras nesse segmento, além de contribuir com o fortalecimento da indústria petroquímica nacional para que ela ganhe maior competitividade internacional" disse.
Também presente à entrevista, o presidente da Petroquisa, José de Lima Andrade Neto, disse que é um "próximo passo desejável" pela Petrobras o rearranjo da petroquímica na Região Sudeste. Ele negou, entretanto, que a aproximação com a Unipar e com o grupo Suzano em investimentos num futuro próximo estejam relacionados diretamente à composição acionária do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
"Estamos falando inicialmente de ativos já existentes, como foi o que ocorreu com relação à Ipiranga", comentou. Indagado por jornalistas ao final da entrevista sobre a possibilidade de os dois grupos serem anunciados como sócios do empreendimento, que terá investimentos na casa dos US$ 8,5 bilhões, ele completou que "sim, eles estão mais próximos, mas estamos discutindo com todos os grandes players".
Segundo ele, ainda não existe um novo prazo para o anúncio da sociedade investidora no Comperj. Por enquanto, apenas o Grupo Ultra e o BNDES estão confirmados, além da Petrobras. Ao contrário do que analistas sugeriram após a aquisição da Ipiranga, Lima disse que a Braskem "de forma alguma" pode ser considerada a parceira em potencial para o empreendimento.