A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) vai promover, nas próximas semanas, estudos para a contratação definitiva dos funcionários e da viabilidade econômica e financeira da Ferroeste – Estrada de Ferro Paraná Oeste. O acordo de cooperação entre as duas instituições começou a ser discutido durante encontro do diretor Administrativo e Financeiro da Ferroeste, Ademir Bier, com o diretor-geral do campus da Unioeste de Marechal Cândido Rondon, professor David Felix Schreiner.

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?Nosso objetivo com este convênio é acima de tudo prestigiar as instituições da região de atuação da Ferroeste?, destacou Bier. A realização do concurso público é um dos pilares do acordo firmado no início de janeiro, que viabilizou a prorrogação dos contratos dos funcionários da antiga subconcessionária da linha férrea, cuja falência foi decretada pela Justiça em dezembro do ano passado.

O procedimento, segundo entendimento do Ministério Público do Trabalho (MPT), deverá ocorrer num prazo de seis meses. A realização das provas está prevista para no máximo 60 dias depois da definição dos salários e cargos que vão ser criados. ?A Unioeste tem mais de 10 anos de experiência em concursos públicos para prefeituras e para a própria instituição?, informou o diretor do campus de Marechal Cândido Rondon.

Projeção

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Em relação ao estudo de viabilidade econômica e financeira da ferrovia, a intenção é levantar informações sobre o potencial produtivo da região e o volume que pode ser transportado pelo sistema ferroviário até o Porto de Paranaguá e outras regiões do Estado e do país. ?A Ferroeste busca alternativas para desenvolver a região Oeste. Com este diagnóstico, vamos identificar o histórico do transporte já realizado e as perspectivas para o futuro próximo?, destacou Bier.

O diretor da Unioeste adiantou que o estudo deverá envolver professores e acadêmicos de vários cursos da instituição. O campus de Marechal Rondon dispõe de formação superior em 10 disciplinas e mestrados em Agronomia, História e Letras.

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Participaram da reunião o coordenador de Administração Edson Luiz Leismann, o engenheiro agrônomo da Secretaria Estadual de Abastecimento (Seab), Moacir Froehlich e o economista Nelson Soffiatti, representante do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).

Estimativa

A agroindústria Sperafico, com sede em Toledo e unidades no Paraná e nos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, está dentro do contexto proposto pela Ferroeste. A empresa tem expectativa de transportar, em 2007, 2,2 milhões de toneladas de soja. O volume corresponde a produção das cinco fábricas do grupo e será destinado ao Porto de Paranaguá, informou o presidente Levino José Sperafico.
Sperafico e o diretor de Toledo, Valter Lorenzetti, conheceram durante o encontro a proposta de expansão da Ferroeste, que prevê o envolvimento de empresas e cooperativas da região. ?Nossa empresa já estudou a aquisição de vagões, porém o projeto não foi desenvolvido em função dos problemas constantes da Ferropar?, informaram.

A Ferroeste tem uma demanda reprimida de vagões e locomotivas em função da falta de investimentos da antiga subconcessionária. Estudos indicam que nos últimos 10 anos a frota deveria ser ampliada para 732 vagões e 60 locomotivas. A ferrovia conta atualmente com 13 locomotivas e 62 vagões locados junto à Transferro e Ferrovia Tereza Cristina. No início do ano, o governador Roberto Requião precisou decretar a requisição da frota diante da ameaça das proprietárias de remover os equipamentos e provocar o caos no serviço público de transporte.