Unidade da Secretaria da Saúde pretende descentralizar serviços

O Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio-Palatal (Caif), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), pretende descentralizar o atendimento a seus pacientes pelas regionais de saúde do Estado. O centro realizou nesta sexta-feira uma reunião neste sentido com representantes de associações de portadores de fissuras labiopalatais de Londrina, Maringá, Medianeira, Cascavel, Ponta Grossa e União da Vitória. Essas associações são filantrópicas e dão apoio aos pacientes portadores de fissuras labiopalatais.

O objetivo da reunião foi conhecer melhor o serviço prestado em Curitiba, que é referência em atendimento em todo o país, e estudar a possibilidade de montar um serviço básico para a preparação do paciente em cada um dos 22 regionais de saúde. Assim, o paciente portador de fissura só viria a Curitiba para realizar as cirurgias.

“O tratamento de ortodontia é longo, de cinco a seis anos, com manutenção mensal. Muitos pacientes acabam desistindo por cansaço ou porque as famílias não têm condições de trazê-los regularmente a Curitiba”, afirma o diretor do Caif, Lauro Consentino Filho. Os custos de transporte e estadia na cidade durante o tratamento ficam por conta das prefeituras. “Por isso, ficaria mais barato se o tratamento mais clássico fosse feito localmente”, observa Consentino Filho.

Na reunião, esteve presente o diretor de Sistemas de Saúde da Sesa, Gilberto Martin, que marcou uma nova reunião para o próximo dia 28. Nesta data, as associações vão trazer o número de pacientes e o que é necessário para ver se a Secretaria pode criar o serviço no local. “Isso facilitaria para os pacientes, reduziria os custos do tratamento e estaria dentro da proposta do governo de descentralizar os serviços”, comenta Consentino Filho.

Assim, o paciente viria a Curitiba apenas três ou quatro vezes durante todo o tratamento, onde o Caif conta com pessoal altamente qualificado. Nas regionais de saúde seria feito o trabalho de ortodontia, de fonoaudiologia e o atendimento médico padrão. As prefeituras podem contratar um dentista ou dois e a Sesa entraria com o equipamento.

Hoje, o Caif atende 5 mil pacientes de todo o país, sendo 70% do Paraná. Os outros 30% vêm dos outros Estados, sobretudo de Santa Catarina. “No centro não existe lista de espera. Se o paciente está em condições de realizar a cirurgia, é atendido imediatamente”, observa o diretor do centro. “Muitos pacientes, principalmente os que necessitam de cirurgias de maior complexidade, são encaminhados ao Paraná pelo cirurgião plástico Ivo Pìtangui. Ele conhece o nosso serviço”, comenta Consentino Filho.

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