União Européia vai manter restrição a transgênicos

A União Européia (UE) reafirma que vai manter restrições aos alimentos transgênicos, rejeitando os apelos dos Estados Unidos por uma maior abertura do mercado europeu, em resposta a determinação da Organização Mundial de Comércio.

A decisão não contestou o sistema atualmente adotado pela UE para a aprovação de alimentos. Ela apenas informou que a proibição anterior do bloco contra sementes transgênicas infringia as leis comerciais, disse a Comissão Européia. O bloco continuará a fixar normas rígidas para produtos transgênicos, reiterando a posição que os OGMs apresentam riscos legítimos à saúde. Pesquisas realizadas em países da Europa indicam que mais de 70% dos europeus rejeitam consumir alimentos processados com produtos transgênicos.

Apesar de os 25 países que formam a UE possuírem 98 milhões de hectares de terras cultivadas -extensão apenas inferior à dos EUA-, o bloco produz menos de 1% da oferta mundial de produtos transgênicos. As vendas mundiais desses produtos totalizarão US$ 5,5 bilhões em 2006.

Grupos setoriais dos Estados Unidos dizem que as restrições da UE custam US$ 300 milhões ao ano em vendas não-realizadas às exportadoras americanas.

Internacionalmente, 2005 também acumulou uma seqüência inédita de moratórias a sementes geneticamente modificadas, começando com a Polônia, em março, que baniu o milho Bt da Monsanto, e terminando com a Suíça, em novembro. Somam-se à lista, a Grécia e Áustria que se posicionam contra os produtos transgênicos. Nos países em desenvolvimento, o cenário não foi diferente. A Kraft Foods na China declarou em dezembro que vai banir de todos os seus produtos para o mercado chinês ingredientes transgênicos a partir de 2007.

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