Os ministros de Relações Exteriores da União Européia aprovaram hoje um plano que estabelece a forma como o bloco implementará as sanções do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o Irã por sua recusa em suspender as atividades de enriquecimento de urânio. As sanções européias incluem um embargo à venda de materiais e tecnologias que possam ser eventualmente empregados na produção de armas atômicas por Teerã. Apesar disso, um embargo imposto por Bruxelas à venda de armas ao Irã já vigora há dez anos.

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Os chanceleres da UE salientaram que uma oferta de incentivos econômicos continua valendo, desde que o governo iraniano suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio. O plano é uma resposta a uma resolução aprovada em dezembro pelo CS da ONU segundo a qual devem ser impostas sanções a pessoas e projetos ligados ao programa nuclear do Irã. Teme-se que Teerã tenha a intenção de produzir armas nucleares.

A aprovação ocorre um dia depois de funcionários da UE terem se encontrado com o secretário de segurança nacional do Irã, Ali Larijani, na cidade alemã de Munique. Na reunião de ontem, Larijani disse que o Irã está pronto para voltar a negociar, mas ressalvou que o país não suspenderá suas atividades de enriquecimento de urânio como condição prévia para o diálogo. "Foi uma boa reunião, mas eles sabem de nossa posição", disse Solana a repórteres quando chegava para um encontro de ministros de Relações Exteriores da União Européia em Bruxelas

O Conselho de Segurança da ONU impôs sanções limitadas para punir o Irã pela recusa de suspender o programa de enriquecimento de urânio, um processo que resulta em material que pode ser utilizado tanto para a produção de combustível nuclear quanto para o desenvolvimento de bombas. A decisão de hoje significa que todos os governos participantes da ONU irão implementar regulações ao Irã, incluindo a proibição de envio de materiais e tecnologia e o congelamento de ações de dez empresas do país.

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O enriquecimento de urânio é um processo essencial para a geração de combustível usado no funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, o urânio enriquecido pode ser usado para carregar ogivas atômicas. Os EUA e outras potências ocidentais acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega e assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica.