A diretora de Relações Internacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, afirmou hoje que a entidade não descarta um novo confronto com policiais durante as manifestações que serão realizadas hoje contra a visita do presidente norte-americano, George W. Bush, ao Brasil. Apesar de insistir que a idéia é promover manifestações pacíficas e bem-humoradas, a diretora declarou que, depois da confusão ocorrida ontem na Avenida Paulista, será difícil dizer ao certo se a polícia irá respeitar os protestos organizados. "Nós não vamos agredir ninguém, por isso esperamos não ser agredidos", disse Lúcia. "Mas se houver reação, estaremos preparados.
Lúcia afirmou que os integrantes da UNE e outras entidades estudantis, que participam hoje dos protestos, pretendem realizar as seguintes manifestações: lançar bexigas com tinta vermelha sobre os carros da comitiva norte-americana; realizar um "piquenique" em lojas da rede de fast-food MacDonald’s, no qual os estudantes comerão bananas; e queimar um boneco de Bush.
De acordo com a diretora da UNE, a manifestação deverá reunir, no total, entre 600 e 700 estudantes, distribuídos por vários pontos da capital paulista. Cerca de 100 estudantes já estão se dirigindo à Transpetro, em Guarulhos, e, aproximadamente, outros 150 já aguardam em frente ao Hotel Hilton, no Morumbi, onde Bush está hospedado. No Monumento às Bandeiras, Lúcia estima que será possível reunir algo em torno de 250 a 300 estudantes.
Além disso, a UNE está mobilizando alguns estudantes que freqüentam escolas inseridas dentro da área de bloqueio realizada pela Polícia Militar nos arredores do Hotel Hilton. Os estudantes que se dirigirem ao Hilton seguirão todos juntos, em comboio, para o encontro de Bush com os Meninos do Morumbi. Lúcia Stumpf reconhece que será praticamente impossível chegar perto de Bush, mas insiste que os manifestantes tentarão se aproximar ao máximo dos carros da comitiva norte-americana.
O presidente norte-americano, George W. Bush, está em visita a países da América Latina até o dia 14 de março. Ele passará, além do Brasil, pelo Uruguai, Colômbia, Guatemala e México para conversas, principalmente, sobre relações comerciais entre os países.