No início da noite de terça-feira, o prefeito de Itaipulândia, Vendelino Royer (PMDB), saía de uma reunião com líderes comunitários quando foi abordado por duas pessoas, que estavam em uma moto vermelha com placa do Paraguai. Não havia segurança, não havia proteção, e Royer foi executado – cinco tiros à queima-roupa vindos de uma pistola 9 milímetros.

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Itaipulândia é uma cidade pequena, de oito mil habitantes, emancipada em 1993. A região onde fica a cidade é uma das mais perigosas do Paraná, por estar perto da Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai). Não é fácil saber o que acontece por lá – imagine, então, de uma história tão assustadora como esta. Apenas uma pessoa afirma ter visto o que aconteceu, e alguns assessores e parentes do prefeito Royer disseram, agora, que ele vinha sofrendo ameaças de morte.

Falar sobre a pessoa do prefeito assassinado é tergiversar sobre fatos quase desconhecidos. Sabe-se que ele estava no primeiro mandato e não seria candidato à reeleição no pleito de outubro. A cidade, apesar da região perigosa, não é das mais agitadas, vive seu cotidiano sem sobressaltos até pelos royalties da usina hidrelétrica de Itaipu, que fazem de Itaipulândia uma cidade com bom nível de desenvolvimento. Não há razão aparente para um crime político.

Só que é a única explicação para um assassinato tão bárbaro, um crime inacreditável. Da forma como o fato aconteceu, da maneira que Vendelino Royer foi alvejado, não há mais nada a se especular senão um assassinato por encomenda, vindo de alguém que não gostava do prefeito. Os motivos? Difíceis de saber.

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Todo o efetivo da Polícia Civil na região do Lago de Itaipu está trabalhando para encontrar os autores do assassinato do prefeito Royer. É hora do setor de inteligência trabalhar. Acima de qualquer coisa, esta passa a ser a obrigação do poder público, pois são inaceitáveis crimes políticos como o de Itaipulândia em um momento de plena normalização democrática.