Universidades

UFPR, UEL e UEM entre as cem melhores da América Latina

Três instituições de Ensino Superior do Paraná estão no ranking das melhores universidades da América Latina elaborado por uma entidade internacional, a QS World University Rankings. De acordo com a lista, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) está em 38º lugar, enquanto a Universidade Estadual de Londrina (UEL) ocupa a 61ª posição e a Universidade Estadual de Maringá (UEM) é a 82ª melhor instituição.

Para o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, a aparição da universidade no ranking deve ser comemorada. “Essas avaliações são sempre importantes para sabermos se estamos no caminho certo e a posição da UFPR serve de reconhecimento para o trabalho que estamos fazendo, com o aumento do número de professores com titulação e da produção acadêmica, e também como estímulo, para subir ainda mais”, comenta. O crescimento da instituição se deve à sua participação no Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

A vice-reitora da UEL, Berenice Quinzani Jordão, concorda com Akel Sobrinho. “A posição da UEL no ranking nos surpreendeu muito positivamente. Desta forma, sentimos que a universidade está bastante qualificada, ainda mais porque é uma das únicas instituições estaduais brasileiras que aparece na lista, que contempla todos os países da América Latina”, afirma. Para ela, a aparição em rankings como esse faz com que a “credibilidade da UEL se consolide cada vez mais”.

No entanto, o resultado do ranking é contestado pela UEM. “Nos últimos dois meses, foram divulgados dois outros rankings, um do Ministério da Educação, no qual a UEM ficou em primeiro lugar no estado, e outro também das universidades latino-americanas, no qual a nossa instituição ficou em 40º. Em ambos, a posição da UEM sempre fica próxima da UEL porque as duas têm uma estrutura muito parecida, mas estranhamos que neste a distância entre elas é muito grande”, avalia o assessor de planejamento da universidade, o professor Benedito Prado Dias Filho.

Critérios de avaliação

O ranking leva em consideração critérios um pouco diferentes de outras pesquisas semelhantes. Para estabelecer as colocações de cada uma das universidades, são considerados a sua reputação acadêmica e empregatícia, o número de trabalhos acadêmicos divulgados e suas citações, o número de bolsas e de professores com titulação e, por último, a projeção da instituição na internet.

A UEM também contesta a metodologia utilizada para a elaboração do levantamento. “Não foram utilizados apenas fatores relacionados à produção acadêmica, mas também outros dados, como empregabilidade e citação na internet, de difícil ‘rankeamento’. É claro que ficamos felizes por estar na lista, mas precisamos acompanhar a evolução do ranking para ver se não foram utilizados dados temporais demais”, opina Dias Filho.

Já o reitor da UFPR acredita que a metodologia foi utilizada de forma adequada. “Alguns têm resistência à utilização de citações pela internet como critério, mas em qualquer pesquisa são eleitos alguns fatores para servir de parâmetro e isso é muito variável”. Berenice também discorda da opinião de Dias Filho. “É sempre difícil dizer que os indicadores são 100% confiáveis, mas as variações que podem ocorrer não comprometem o resultado porque são utilizados os mesmos parâmetros para comparar todas as universidades, sem privilegiar ninguém”.

Além das três universidades do Paraná, estão entre as cem melhores da América Latina instituições de São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Norte – a primeira colocada é a Universidade de São Paulo (USP). Para conferir a lista completa, basta acessar o site www.topuniversities.com.

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