A preocupação com a formação de profissionais com perfil tecnológico para o desenvolvimento da bioindústria no Paraná e no País orienta a proposta para a criação do curso de graduação em \"Biotecnologia e Engenharia de Bioprocessos\", na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
À frente do trabalho para a viabilização do curso, o Professor Doutor Ricardo Antonio Ayub lembra que o Brasil precisa priorizar a biotecnologia industrial, pois dispõe de recursos naturais imensos, bem como de uma biodiversidade privilegiada em termos de microorganismos, plantas, animais e seres marinhos, que poderão dar origem a bioprodutos de valor comercial e com aplicações variadas.
Diante desse potencial, a idéia da criação do curso de Biotecnologia e Engenharia de Bioprocessos na UEPG deriva do Centro de Biotecnologia do Setor de Ciências Agrárias e de Tecnologia, bem como de departamentos do Setor de Ciências Biológicas (Bioquímica, Química, Genética, Patologia Básica, Botânica, Biologia Celular, Farmacologia), para atender à demanda de pessoal especializado na área de biotecnologia industrial. A proposta é para o funcionamento do curso no turno diurno, com a oferta inicial de 30 vagas anuais. O curso está indicado para duração de 4,5 anos e uma carga curricular de aproximadamente 3.600 horas/aula.
Para a oferta do curso, segundo Ricardo Ayub, a UEPG dispõe de cursos multidisciplinares capazes de dar sustentação às disciplinas correlatas, como matemática, química, física, engenharias de materiais, agronômica e de alimentos, bioquímica, farmácia e análises clínicas, odontologia e informática. Também conta com um Centro de Biotecnologia com 400m² composto de sete laboratórios, além doutores nas diversas áreas correlatas à biotecnologia. Ainda há que se destacar que Ponta Grossa mantém um parque industrial e uma agricultura forte, capazes de absorver essa nova geração de profissionais bem qualificados e que serão importante para empreender e auxiliar no processo de desenvolvimento do Estado e do País.