O eclipse lunar total que ocorre na noite deste sábado (03), poderá ser visto em todo o Brasil, mas em Londrina, haverá sessão de observação, na Universidade Estadual de Londrina. O Gedal ? Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia de Londrina ? e profissionais do Museu de Ciência e Tecnologia, da UEL, vão orientar a observação, com a utilização de diversos telescópios, a partir das 18h30, no estacionamento do Restaurante Universitário, no Campus da UEL.

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Naquele horário, a Lua começará a penetrar na sombra da Terra, e estará totalmente encoberta às 19h44, voltando a aparecer às 20h58, mas só ficará ?inteira? de novo às 22h12. Os interessados podem comparecer ao campus para participar da sessão, em que os astrônomos estarão observando não só a Lua, mas também astros como os planetas Vênus e Saturno, além de aglomerados estelares e nebulosas.

?O eclipse da Lua ocorre quando ela penetra no cone de sombra da Terra e fica sem receber a luz do Sol?, explica Miguel Fernando Moreno, astrônomo amador e presidente do Gedal. ?Só podemos perceber esses eclipses quando a Lua está em sua fase cheia?, acrescenta.

Mesmo quando a Lua estiver totalmente encoberta pela sombra da Terra, ainda será possível ver o seu contorno, mesmo a olho nu. A razão, segundo Moreno, é que a atmosfera da Terra funciona como uma espécie de lente gigantesca, desviando, por refração, uma pequena parte dos raios solares e fazendo com que eles se desviem para dentro do cone de sombra, iluminando, mesmo que de forma pouco incisiva, a superfície lunar.

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Ferdinando Zapparoli, físico do Museu de Ciência e Tecnologia e vice-presidente do Gedal, diz que a Terra projeta no espaço duas regiões diferentes: uma de penumbra, em que os raios solares incidem parcialmente, e a sombra, ou umbra, onde o bloqueio é total. ?Somente quando a Lua fica com mais de 60% do seu disco imerso na penumbra, é que um leve escurecimento do seu disco se torna perceptível a olho nu. Ela tem que entrar na sombra, parcial ou totalmente, para que ocorra o eclipse como estamos acostumados a observar?, informa Zapparoli.

Para observar o eclipse lunar, não é necessário nenhum equipamento. Com o auxílio de instrumentos, como binóculos, lunetas e telescópios, o espetáculo pode ser observado com detalhes. Com pequenos instrumentos já se pode observar com detalhes as formações de crateras da superfície lunar, bem como divisar a borda da sombra terrestre ?penetrando? e, posteriormente, ?abandonando? nosso satélite. Deve-se lembrar que a Lua ?nasce? ao leste, mesmo local onde o Sol ?nasce?.

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Para mais informações sobre o eclipse, astronomia ou assuntos do gênero, pode-se entrar em contato com Miguel F. Moreno (presidente do GEDAL) pelo telefone (43) 9962-9996 ou pelo e-mail astronomogedal@gmail.com.