Os governos da União Européia (UE) têm até 15 de dezembro para decidir se vão suspender o processo de adesão ou não da Turquia ao bloco. Ontem, a Comissão Européia decidiu recomendar aos 25 governos da UE que congelem as negociações para a adesão turca em 8 dos 35 temas em debate entre Bruxelas e Ancara, que há dez anos tenta ingressar na UE.

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A decisão da Comissão Européia foi tomada por causa da insistência da Turquia em manter seus portos e aeroportos fechados a barcos e aviões de Chipre. Se a suspensão for confirmada, as negociações relativas à união aduaneira, pesca, agricultura, serviços financeiros, transporte e política externa serão afetadas. Com isso, o processo, que deveria durar cerca de dez anos, poderia atrasar ainda mais.

O centro do problema é a recusa da Turquia em reconhecer Chipre, um dos membros da União Européia. A ilha foi dividida em duas partes nos anos 70, quando a Turquia invadiu o norte de Chipre, que então proclamou sua independência em relação ao sul. Os turcos, no entanto, são os únicos que reconhecem a República Turca do Norte de Chipre como um país.

A Alemanha, que preside a União Européia a partir de janeiro, já deixou claro que apóia a suspensão. A mesma posição foi tomada pela França. Já os britânicos, italianos e espanhóis acreditam que a punição é severa demais e poderia ser repensada.

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