A União Européia (UE) continuará a financiar pesquisas com células-tronco humanas, decidiram ministros do bloco de 25 países, derrubando a oposição de um grupo de países majoritariamente católicos. O financiamento – parte do orçamento de pesquisa de 51 bilhões de euros para o período 2007-2013 – estará disponível nos países onde a legislação local permite a pesquisa com células embrionárias, e sob condições estritas, incluindo a proibição dos estudos voltados para a clonagem terapêutica ou para a modificação genética de seres humanos.

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Numa concessão aos oito países que se opunham às pesquisas, o dinheiro para pesquisas não financiará atividades voltadas para a destruição de embriões humanos. No entanto, a União Européia permitirá o financiamento das "atividades subseqüentes" envolvendo células-tronco embrionárias humanas. "O financiamento… com fundos da UE é possível, mas sob regras éticas e procedimentos muito estritos", disse Jukka Pekkarinen, chefe do departamento econômico do Ministério das Finanças. As regras permanecerão em vigor até 2013.

Polônia, Áustria, Malta, Eslováquia e Lituânia votaram contra as regras por razões "éticas e morais", mas Alemanha, Itália e Eslovênia mudaram de posição e apoiaram a proposta.

A pesquisa com células-tronco humanas na União Européia é financiada principalmente com recursos nacionais dos países que permitem os estudos, e uma proibição do uso de fundos da UE não afetaria, na prática, as operações cotidianas, embora especialistas digam que o veto teria causado preocupação na comunidade científica e contrariado o espírito europeu de cooperação.

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