UDR vai acionar governo se aftosa voltar

A União Democrática Ruralista (UDR), entidade que congrega criadores de gado e produtores rurais, vai acionar o governo federal caso o vírus da febre aftosa reapareça no Mato Grosso do Sul.

O presidente Luiz Antonio Nabhan Garcia considerou "uma vergonha para o País" a situação da vigilância sanitária na fronteira com o Paraguai, mostrada neste domingo pelo jornal "Estado de S. Paulo". A reportagem mostra fiscais da Agência Estadual de Defesa Sanitária e Vegetal (Iagro) trabalhando à luz de lampiões em um posto destruído à bala. O serviço é interrompido durante a noite por falta de segurança – é quando os contrabandistas aproveitam para passar com o gado paraguaio. Segundo Nabhan, o governo da União é responsável, pois tem a obrigação de repassar recursos para investimentos na vigilância sanitária dos Estados.

"Aquela é uma área crítica, onde o próprio governo instalou acampamentos de sem-terra e reservas indígenas, mas deixou totalmente sem fiscalização." É por isso, segundo ele, que a aftosa entrou no País por ali, em outubro do ano passado, expandido-se, depois, para o Paraná. "O setor de carne teve um prejuízo incalculável com o bloqueio às exportações e a queda nos preços. Se isso voltar a acontecer, vamos atribuir a responsabilidade ao governo Lula, que virou as costas para o setor.

Segundo ele, é lamentável que, mesmo depois de todo o prejuízo, nada tenha sido feito para reforçar a vigilância na região. "É obrigação do governo investir uma parte do que arrecada com os impostos gerados pelo setor, mas todos os dados indicam que os investimentos foram reduzidos.

Garcia considera que está havendo omissão. "É uma insignificância o que se gastaria para fazer um trabalho bom naquela região." Nabhan cobra também mais fiscalização sobre a qualidade das vacinas. "Algumas fazendas que tiveram problemas com a aftosa são muito bem conduzidas e vacinam corretamente o gado." Segundo ele, as autoridades brasileiras que acusam o Paraguai de esconder focos de aftosa deveriam, antes, arrumar a própria casa. "O governo deveria fazer sua parte ao invés de se preocupar com o que ocorre do outro lado da fronteira, mas não está fazendo.

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