A UDR (União Democrática Ruralista) está montando no interior do país uma rede de unidades municipais para se contrapor à ação dos movimentos sociais, como o MST, e organizar os produtores rurais locais.
Segundo o presidente da UDR Noroeste do Paraná, Marcos Prochet, em seu Estado já existem seis unidades montadas e há outras se organizando. Até o início de 2003, existia apenas a unidade presidida por ele. A meta é chegar a mil escritórios espalhados pelos municípios brasileiros.
“Nós [da UDR] somos a reação. Os movimentos dos sem-terra são a ação. Trabalhamos exatamente no ritmo deles. Quando eles [os sem-terra] agem pouco, diminuímos nossa estrutura porque temos custos. Quando estão mais ativos, também ficamos mais ativos”, disse Prochet.
Paralelamente, a UDR vai inaugurar no final do mês um escritório nacional, em Brasília, para atuar politicamente sobre os congressistas. A idéia surgiu com o lançamento do Plano Nacional de Reforma Agrária, em dezembro passado pelo governo federal.
Para Prochet, em todos os municípios onde o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) se instalou nos 20 anos de existência do movimento, a produtividade agrícola caiu.
“Nesses 20 anos, eles acham que alcançaram alguma coisa? Eles tiveram 22 milhões de hectares e em nenhum assentamento deles eles produziram mais do que antes”, disse Prochet.
“Nesses anos, quem está morrendo de rir são as grandes potências, a começar pelos Estados Unidos e Inglaterra, que continuam controlando o mercado agrícola. E o Brasil, que tem a última fronteira agrícola do mundo, que é o cerrado, fica nessa briga boba.”

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