TVs comunitárias temem perder espaço com a migração para o sistema digital

Brasília – O presidente da Associação Brasileira dos Canais Comunitários (ABCCOM), Fernando Mauro Trezza, teme a perda de espaço das TVs comunitárias com a migração do atual sistema analógico para o digital. Para ele, o I Fórum Nacional de TVs Públicas é o espaço ideal para discutir a questão.

?Nossa preocupação é que o canal comunitário, que já está funcionando na TV a cabo, continue funcionando na TV aberta digital. Nós tememos que na hora da migração para o sistema digital apareça um outro grupo e queira fazer o que a TV comunitária já faz?, alertou.

Trezza afirmou que o fórum é de extrema importância, porque nasceu de uma iniciativa do Ministério da Cultura e envolve as televisões públicas, o governo e a sociedade civil organizada. De acordo com ele, a questão de como deve ser feita a migração para o digital é um dos pontos mais importantes a serem levantados.

O presidente da ABCCOM também reclama da falta de financiamento. As TVs comunitárias, segundo ele, não contam com apoio do governo. "Os canais comunitários e os universitários são os únicos canais que não recebem verbas governamentais. A TV Justiça tem, a TV Senado tem, e a TV Câmara também tem?.

Para aumentar a receita das televisões comunitárias, Trezza defende as verbas publicitárias, vindas da iniciativa privada. ?O canal comunitário nasceu para dar a vez e voz ao terceiro setor, associações, sindicatos, ONG’s, e ele não vai deixar de fazer isso porque recebe um patrocínio privado. Somos a favor de que exista esse patrocínio desde que isso não impeça o canal de fazer o que ele já faz?.

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