Turistas travam pequenas batalhas em Johannesburgo

Os turistas que alugaram veículos para a Copa do Mundo na África do Sul têm outros motivos para se preocupar, além dos altos índices de criminalidade: a mão inglesa (volante à direita nos carros) e apelhos de GPS que não distinguem lugares perigosos dos seguros.

O sistema de direção inglês e o câmbio automático dos automóveis são algumas das dificuldades que encontram especialmente os turistas sul-americanos.

A isso se somam as enormes distâncias que devem percorrer de um lugar a outro de Johannesburgo, a maior e mais povoada cidade da África do Sul e pulmão econômico e financeiro do país, que recebe de seus habitantes o apelido “Joburg”.

Para facilitar a vida desses visitantes, o GPS é, sem dúvida, um aliado. O sistema de posicionamente via satélite, apesar de ajudar bastante e já ter se tornado um elemento indispensável, também tem seus pontos negativos. Ele sofre, ocasionalmente, com falhas de sinal, em meio a edifícios médios e altos ou simplesmente pela interrupção do satélite.

Foi o que aconteceu com um dos turistas sul-americanos que se perdeu no domingo no centro da cidade, em meio ao bosque de prédios que dificultavam o sinal do aparelho, impedindo que ele chegasse a seu destino. Além disso, o GPS não calcula se a pessoa está entrando em um bairro perigoso de Johannesburgo.

Segundo as estatísticas, diariamente ocorrem em todo o território da África do Sul ao menos 50 mortes em assaltos violentos.

Já a mão inglesa está causando polêmica. “Quase não sobrevivo para contar a história. Um carro surgiu a mais de 100 (km) em uma praça” em um momento de dúvida, já que o sistema de circulação no país africano é o contrário do conhecido pelos sul-americanos, queixou-se um argentino.

“Estava no meio de uma estrada, sem saber aonde ir”, enquanto o GPS tentava me tirar daquela enrascada, dizendo com a voz tranquila em inglês para “virar a esquerda e logo em seguida a direita”, reclamou um colombiano.

Assim que o Mundial começar, com a partida de estreia da próxima sexta-feira entre a seleção anfitriã sul-africana e o México no estádio Soccer City em Johannesburgo, esses episódios ficarão, apenas, nas recordações.

Os turistas virão para assistir aos jogos e começarão a se estressar por outras coisas: como as longas filas para entrar nos estádios, e com os resultados e os cálculos de probabilidade das suas seleções.

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