Tumulto marca chegada da Seleção Brasileira a São Paulo

São Paulo, 26 (AE) – Um grande tumulto marcou o desembarque de parte da delegação brasileira nesta segunda-feira à noite no Aeroporto Internacional de Cumbica. Os campeões da Copa América tiveram uma recepção calorosa, mas desorganizada e violenta. O vôo procedente de Lima chegou às 20h55. Minutos depois, ecoava no saguão o grito de “é campeão, é campeão.” O local ficou repleto de torcedores que violaram a proteção de seguranças e o cordão de isolamento da Polícia Militar.

Assim que os jogadores entraram no saguão teve início um empurra-empurra entre fãs querendo autógrafos e fotos, ou mesmo encostar em seus ídolos. Daí para frente foi cada um por si: Adriano, do Coritiba, Maicon, Mancini, Cris, Luisão, Edu, Ricardo Oliveira, foram os primeiros da fila e deixaram rapidamente o local, sem dar entrevistas. “Estou bem”, limitou-se a dizer Luisão.

O meia Diego foi sufocado, muito por causa de sua possível saída do Santos. Pediu desculpas aos jornalistas e, amparado por um segurança, desvencilhou-se e correu. Sorte que não teve Luís Fabiano. O atacante são-paulino preferiu atender os torcedores. A alegria do atacante era tão grande que fez juras de amor ao São Paulo. “Estou com a cabeça tranqüila para voltar a vestir a camisa do São Paulo e dar continuidade ao trabalho.” Mas nesta segunda-feira, já adiantou, quer descansar. Não só dos jogos mas, principalmente do sufoco que passou em Cumbica. “É mais fácil sair da marcação argentina do que deste apoio da galera”, disse.

E estava certo. Bastante ovacionado, foi rodeado e praticamente jogado de um lado para o outro. Chegou a ser carregado, levou beliscões, e teve sua camisa rasgada. Sozinho, já que nenhum policial ou segurança o escoltava, sofreu para voltar para a sala de desembarque. Passou pelo free shopping, comprou outra camiseta e saiu pelo restaurante do aeroporto.

O volante Renato também sofreu. Não só com o empurra-empurra, como também com alguns torcedores exaltados. “Quase enterrou a seleção ontem”, teve de ouvir, várias vezes. Dos santistas, porém, recebeu calor. “É o melhor volante do Brasil.” O meia Alex e o volante Dudu Cearense passaram desapercebidos, por outro portão. Júlio Baptista, Gustavo Nery, Bordon e Vágner Love esperaram o tumulto diminuir e não tiveram problemas, assim como o preparador físico Moraci Sant’anna. Júlio César, Fábio, Felipe, Adriano, Juan e Kléberson, e o restante da comissão técnica, seguiram viagem para o Rio.

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