Para conseguir aprovar a proposta de emenda constitucional que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2011, item desvinculado da proposta da CPMF a fim de evitar o mesmo destino, o governo precisa ser cauteloso ao deitar falação sobre mudanças abruptas no sistema tributário.

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Palavra da oposição que conseguiu mandar para as calendas o tristemente lembrado imposto do cheque, sob o aplauso da sociedade e os inevitáveis debiques da área econômico-financeira do Planalto.

Caso o governo insista em adotar as tais compensações para recompor a perda dos R$ 40 bilhões da CPMF, mexendo no bolso do contribuinte, a oposição poderá repetir a barragem contra a DRU, mecanismo que permite a livre utilização de 20% da receita tributária da União.

Portanto, um pacote tributário a essa altura dos acontecimentos seria mal recebido pela oposição, para não falar da massa aliviada da carga representada pela extinta contribuição, cujo primor do eufemismo burocratizante denominou de provisória.

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Nesse sentido, toda a prudência será requerida, pois se a DRU não for aprovada agora o governo terá de conviver com um complicador adicional no campo das finanças públicas.

Seguindo a orientação partidária, a oposição derrubou a CPMF, embora as bancadas fossem liberadas para votar a DRU, aprovada em primeiro turno. O segundo turno está marcado para amanhã, 20, consoante o interstício regimental de cinco dias úteis e mais três sessões deliberativas para discussão.

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A princípio, a oposição é a favor da DRU, mas se mostrou contrafeita com a reação intempestiva de Guido Mantega. Lula tratou de amaciar a agressividade do ministro para não botar tudo a perder.