Depois de o candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), ter sido acusado pela campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por "histórico de privatizações" em alusão às privatizações feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como a Companhia Vale do Rio Doce, agora é Alckmin quem contra-ataca. Desde ontem, a coligação "Por um Brasil Decente", que apóia a candidatura tucana, veicula propaganda eleitoral afirmando que Lula privatizará a Amazônia.
O locutor do programa de Alckmin veiculado ontem diz: "Lula assina lei que privatiza a Amazônia. Empresas estrangeiras vão poder explorar a floresta amazônica por até 60 anos". A coligação "A Força do Povo", que apóia a reeleição de Lula, afirmou que entrou ontem com recurso na Justiça Eleitoral contra o candidato tucano por veicular no programa eleitoral "informações falsas sobre a política do governo Lula para a Amazônia". A campanha petista informou em nota que a propaganda faz uma afirmação de uma "mentira deslavada".
"A afirmação é uma mentira deslavada. Na verdade, a lei 11.284, criada pela União, possui um conjunto de instrumentos que vão possibilitar a gestão das florestas públicas. Ao contrário do que afirma o candidato tucano, ela foi criada para combater a privatização e o desmatamento da Amazônia e de todas as florestas públicas do Brasil. Pela nova lei, as florestas não poderão mais ser privatizadas e somente três formas de gestão serão permitidas", informou um trecho da nota, acrescentando ainda que não há na legislação "qualquer permissão para privatização ou exploração de atividade florestal por empresas estrangeiras".
