TST determina que parte dos grevistas dos Correios volte ao trabalho

Brasília (AE) – O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Vantuil Abdala, emitiu hoje (19) uma liminar determinando que "um contingente mínimo" de funcionários dos Correios em greve volte ao trabalho em todas as unidades da Federação. A liminar foi dada em processo de dissídio coletivo ajuizado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

Segundo a Assessoria de Imprensa do TST, a decisão do ministro, embora não quantifique o "contingente mínimo", tem o objetivo de manter em funcionamento os serviços essenciais dos Correios. O descumprimento da determinação de Abdala implica imposição de multa diária de R$ 30.000 ao sindicato da categoria.

O ministro convocou para amanhã, às 17 horas, uma audiência de conciliação e julgamento entre a ECT e o comando da greve, para tentar um acordo que ponha fim à greve. Se não houver acordo, será nomeado no TST um relator para o caso, e, provavelmente na quinta-feira, o assunto será julgado pela sessão de dissídio coletivo do tribunal.

Parte dos funcionários dos Correios está em greve desde quarta-feira. A assessoria de ECT disse que só cerca de 15% dos 108.000 funcionários da empresa estão paralisados. Já o comando da greve afirma que 70% aderiram à greve. Na sexta-feira, o ministro Vantuil Abdala propôs um reajuste de 8,6%, a ser concedido desde 1º de agosto mais 3,61% e abono de R$ 800,00. A ECT aceitou a proposta, mas ela foi rejeitada pelos grevistas.

A empresa afirma que está tendo prejuízo de R$ 20 milhões por dia em conseqüência da greve e contabiliza 20% das encomendas e cartas com entrega em atraso, o que corresponde a 6 milhões de entregas. Os Correios fazem, por dia, 32 milhões de entregas.

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