O ministro Gilmar Mendes, autor da decisão sobre o voto facultativo, disse que o Tribunal regulamentará a questão para acabar com a polêmica. ?Houve uma decisão para essas situações excepcionalíssimas. O sujeito que não tenha um dedo ou um braço, obviamente, não está impossibilitado?, explicou o ministro.
A decisão do TSE desagradou o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade) e a Secretaria Especial de Direitos Humanos, que pediu ao Ministério Público Federal para entrar com representação no Tribunal solicitando o reexame da medida . O presidente do Conade, Adilson Ventura, chegou a sugerir que a Justiça Eleitoral providenciasse mais meios de acesso de portadores de deficiência aos locais de votação.
?É impossível para o TSE adequar instalações para que os deficientes possam votar. O TSE não vai se desengajar, por isso, da criação de condições adequadas?, explicou o ministro, ao lembrar que a questão foi de difícil decisão e estava tramitando na Corte desde 2001. Segundo ele, o deficiente que tiver impossibilitado de votar deverá avisar à Justiça Eleitora,l que vai verificar a situação caso-a-caso.
O ministro alerta, que os portadores de deficiências leves, que não os impedem de chegar até o local de votação, devem votar obrigatoriamente, ficando sujeitos às mesmas penalidades dos não-deficientes.
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