TSE autoriza candidatura de político investigado pela CPI dos Sanguessugas

Mais um político investigado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas teve sua candidatura autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O registro de Wellington Antônio Fagundes, candidato a reeleição como deputado federal pelo PL do Mato Grosso, havia sido concedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Mas o Ministério Público Eleitoral pediu a cassação da candidatura por entender que Fagundes não tem uma vida pregressa moralmente idônea para o exercício de cargos eletivos. De acordo com o TSE, o recuso foi apresentado fora do prazo legal, que é de até três dias aos a publicação da decisão do TRE-MT.

Wellington Fagundes e outros quatro parlamentares citados no relatório final da CPMI tiveram as candidaturas autorizadas pelo Tribunal regional Eleitoral. O Ministério Público Eleitoral tenta cassar, ainda, o registro dos seguintes parlamentares citados: deputados federais Ricarte de Freitas (PTB-MT), Pedro Henry (PP-MT) e Celcita Pinheiro (PFL-MT), e a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que é candidata ao governo do estado. Também foi pedida a cassação do ex-senador Carlos Bezerra, citado pela CPI e que concorre a uma vaga de deputado federal pelo PMDB-MT, e do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que ficou fora do relatório final, mas foi citado em investigações da CPI..

Na última semana, o TSE autorizou a candidatura à reeleição do deputado federal Reinaldo Gripp (PL-RJ), também investigado pela CPMI dos Sanguessugas e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação no esquema de venda de emendas. Ao contrário do caso de Wellington e dos demais políticos do Mato Grosso, no entanto, o registro de Gripp havia sido negado pelo TRE do Rio, mas o deputado recorreu da decisão e conseguiu autorização para concorrer nas eleições de outubro deste ano. Os ministros do TSE reafirmaram entendimento ? firmado no julgamento da candidatura a deputado federal do presidente do Vasco, Eurico Miranda (PP-RJ) – de que é preciso sentença condenatória transitada em julgado para que o candidato torne-se inelegível. Com o mesmo fundamento o TSE autorizou

Aguardam julgamento, pelo TSE, recursos de outros três parlamentares cariocas supostamente envolvidos no esquema de compra superfaturada de ambulâncias e que tiveram seus registros negados pelo TER-RJ: Paulo Baltazar (PSB), Elaine Costa (PL) e Fernando Gonçalves (PTB). O tribunal do Rio negou as candidaturas levando em conta "a conduta reprovável e de atos de improbidade administrativa dos dois candidatos, além do interesse da moralidade e da própria ordem pública".

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo