Tropas israelenses estão realizando incursões limitadas a alguns quilômetros dentro do sul do Líbano, disse hoje um porta-voz do Exército de Israel. "Provavelmente (as incursões) se ampliarão, mas ainda estamos realizando operações limitadas. Não estamos usando forças massivas dentro do Líbano", acrescentou.
Segundo o porta-voz, o Exército israelense atacou mais de 150 objetivos no Líbano nas últimas 24 horas, incluindo um ataque a um bunker de armas do Hezbollah, outros a postos de comando e também a 11 bases de lançamento de foguetes.
Ele assegurou que foram bombardeadas 12 estradas que ligam o Líbano à Síria, assim como linhas de comunicação utilizadas pelo Hezbollah.
Democratas pressionam Bush – Líderes da minoria democrata no Congresso querem que o presidente George W. Bush nomeie um enviado especial para negociar um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah no Líbano. "É necessário que os Estados Unidos intervenham e realizem o difícil trabalho diplomático necessário para a aplicação de um acordo sustentável", afirmaram o líder do partido no Senado, Harry Reid, e Joseph Biden, o democrata com o cargo mais alto no Comitê de Relações Exteriores da Câmara Alta.
Ambos se mostraram surpresos pelo fato de a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, ter agendado uma viagem de curta duração à área em conflito. "Infelizmente, a arquitetura que o senhor montou para enfrentar (a violência) no Oriente Médio não é adequada, porque não permite o tipo de intervenção sustentada e de alto nível que necessita", disseram.
Os democratas afirmaram que Bush deve designar um enviado de alto nível "sem maior demora", após assinalar que Israel tem o direito de se defender e que respaldam os esforços para eliminar a ameaça da guerrilha Hezbollah.
Rice – Rice anunciou que no domingo viajará ao Oriente Médio para tentar mediar a crise na região e também se deslocará a Roma para analisar a situação com aliados europeus e árabes.
Na capital italiana, ela se reunirá com um grupo de países "que pode ajudar o governo libanês a enfrentar os desafios políticos, econômicos e de segurança", afirmou Rice.
Em conversa com jornalistas, Rice reiterou a posição dos Estados Unidos de não fazerem um pedido de cessar-fogo imediato, porque isto seria uma "falsa promessa" e significaria, segundo ela, uma espécie de garantia para futuras ondas de violência.