Tropas americanas se uniram nesta terça-feira (17) às forças iraquianas para controlar a violência sectária que assola a região de Balad, a 80 km ao norte de Bagdá. Desde quarta-feira passada, conflitos entre xiitas e sunitas na cidade deixaram mais de 100 mortos. Moradores de Balad – cidade de 100 mil habitantes de maioria xiita, mas cercada por vilarejos sunitas – questionaram a demora do Exército americano em intervir, especialmente porque os EUA têm uma base aérea na região que abriga 28 mil soldados.

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"Estamos perplexos com a falta de ação americana. Eles costumavam patrulhar a cidade todos os dias, mas quando a violência começou, eles sumiram", disse um morador que não quis se identificar. Militares dos EUA alegaram que estavam aguardando um pedido do Iraque para agir. Isso porque, segundo o coronel Michael Donnelly, "os EUA já haviam transferido a responsabilidade sobre Balad para forças iraquianas há um mês".

Comandantes americanos acreditavam que os confrontos em Balad seriam um novo teste para o governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, que vem sendo pressionado para conter a violência sectária no Iraque. Os conflitos em Balad começaram com o seqüestro e o assassinato de três sunitas por xiitas. Houve atos de retaliação dos dois lados e os xiitas começaram a expulsar e matar os sunitas. A violência prosseguiu nesta terça-feira – um morteiro atingiu a cidade, matando quatro pessoas.

O coronel americano Jeffery Martindale disse que as tropas americanas prenderam dois policiais iraquianos em Duluiyah, cidade sunita vizinha a Balad. Eles são suspeitos pela morte de xiitas. Em Bagdá, o governo iraquiano demitiu mais 3 mil policiais por corrupção e envolvimento com milícias. No restante do país, ataques mataram mais de 30 iraquianos. Apenas em Bagdá, foram encontrados mais 64 corpos.

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