O mais novo enclave a reivindicar espaço próprio na vastíssima colcha de retalhos ideológica, sob a qual abriga-se o multifacetado pensamento dos militantes do Partido dos Trabalhadores – o Bloco de Esquerda – assumiu a tarefa de resgatar o caráter histórico da agremiação.

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Uma de suas figuras mais notáveis é o ex-deputado federal Plínio de Arruda Sampaio, atual presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), que ao lado de outros nomes não menos significativos, como o do jurista Fábio Konder Comparato, pretende trabalhar pela autonomia do partido em relação ao governo, reaproximando-o dos movimentos sociais.

Na Câmara, vários deputados federais passaram a envergar a faixa de integrantes do bloco, dentre eles Ivan Valente (SP), João Alfredo (CE), Paulo Rubem Santiago (PE), Luiz Alberto e Walter Pinheiro (BA), Maninha (DF), Gilmar Machado (MG), Chico Alencar (RJ), Iara Bernardi (SP), Dra. Clair, Dr. Rosinha e Selma Schöns (PR).

Um número ainda pequeno, mas com tendência a se expandir mediante a atração a ser exercida por esses parlamentares, todos eles identificados com o programático ordenamento petista em defesa dos interesses populares.

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O bloco pretende atuar não apenas em plenário, votando sempre de acordo com o compromisso histórico do PT, mas em todas as instâncias partidárias, objetivando catalisar as forças de esquerda e alçar a bandeira socialista.

A fogueira de vaidades do partido fundado há 25 anos em São Paulo, com base na forte arregimentação sindical de metalúrgicos do ABC e bancários da capital, ganha mais uma braçada de lenha ressequida. Embate destinado a causar sérios abalos na estrutura do grupo difuso na maneira de pensar, mas sempre coeso na hora de atacar o adversário. Hoje, uma tropa desarvorada.

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