Uma ação conjunta da Polícia Militar (4º BPM), Polícia Florestal e Instituto Ambiental do Paraná (IAP), no final de semana, culminou com a detenção de 30 pessoas que assistiam ou faziam apostas numa rinha de galos em Itambé, na região de Maringá. Dentre os detidos, está o proprietário do estabelecimento, Joseildo C, 41 anos de idade.
Os militares agiram domingo à tarde a partir de denúncia anônima. Não houve resistência. Todos foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Itambé, onde assinaram termo circunstanciado confessando terem sido autuados em flagrante delito. Este documento é importante para o Ministério Público dar continuidade à ação.
Multas e prisões
Segundo o tenente Adauto Giraldis, responsável pelo posto da Polícia Florestal em Maringá, os detidos serão responsabilizados pelo delito de maus tratos às aves. Grande parte dos 29 galos apresentava ferimentos diversos.
Os infratores responderão a ações civil e penal. Na lavratura do flagrante, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) fixou multa de R$ 2 mil para cada detido. De acordo com o Código Penal, o valor da multa varia de um a 360 salários mínimos. Após assinatura do termo circunstanciado, todos foram liberados.
Muitas das pessoas que participavam da rinha de galos fazendo apostas de diferentes valores são reincidentes neste tipo de contravenção, segundo apurou a PM. Dentre elas, estão pessoas humildes, da classe média e ricas de Maringá, Paranavaí e até de cidades do Mato Grosso do Sul.
Esta prática ilegal é considerada crime ambiental. Se enquadra no artigo 32 da legislação ambiental, que prevê pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. A punição pode ser aumentada de um sexto a um terço, quando acontece morte de aves ou animais. O artigo condena ?o ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos?.
