Um grupo de 30 militares do Exército e da Marinha embarcou hoje (25) para Porto Príncipe, capital do Haiti. Eles fazem parte do 3º Contingente da Força Brasileira da Paz e integrarão a missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) por seis meses.
"Nós teremos uma participação muito ativa no apoio ao processo que se dará nos meses de outubro e dezembro, no Haiti, onde serão realizadas eleições presidenciais e eleições parlamentares", afirmou à Radiobrás o chefe de Comunicação Social do 3º Contingente, tenente-coronel Jorge Antônio Smicelato.
Entre os 19 militares do Exército que integram o grupo, cinco pertencem à Companhia de Engenharia de Construção, de Natal (RN). Eles vão participar dos projetos de reconstrução que estão sendo gerenciados pelas Nações Unidas no Haiti, como manutenção de estradas, construção de instalações viárias e reparação de escolas e hospitais.
Segundo o tenente-coronel, esta é a primeira vez que os militares brasileiros vão desenvolver trabalhos deste tipo naquele país. Para isso, o Exército adquiriu equipamentos no valor de R$ 21 milhões que serão ressarcidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Depois de utilizado no Haiti, o material será repassado ao Exército brasileiro.
No dia 1º de junho, embarcam outros 145 militares, também da Companhia de Engenharia, para trabalhar em projetos de reconstrução. Também nessa data viajam 205 militares do Exército e 75 da Marinha. Ao todo serão seis vôos para aquele país e o último está marcado para o dia 13 de junho. Ao final, 1.200 militares brasileiros substituirão os integrantes do 2º Contingente que já estão no Haiti.
"Esse processo de renovação da missão no país vai depender de uma negociação com o novo governo que vai assumir a partir das eleições em outubro e dezembro com as Nações Unidas", diz o tenente-coronel Smicelato. Segundo ele, o Brasil já decidiu preparar outros 1.200 militares caso a Minustah prossiga depois de dezembro. Os militares fazem parte da 12ª Brigada de Infantaria Leve, localizada em Caçapava, São Paulo. O Brasil integra a missão de paz no Haiti desde junho de 2004.