O Tribunal Federal Eleitoral do México (TEPJF) rejeitou os 375 pedidos de impugnação da eleição presidencial de 2 de julho e informou que as revisões realizadas nas somatórias dos votos não são suficientes para mudar as posições dos dois candidatos mais votados (em primeiro lugar ficou o conservador Felipe Calderón, do governista Partido de Ação Nacional; o segundo colocado foi o ex-prefeito da Cidade do México Andrés Manuel López Obrador, da coalizão de esquerda Pelo Bem de Todos). Segundo o jornal El Universal, nas próximas horas o TEPJF vai disponibilizar em seu site na internet as íntegras das resoluções sobre os 375 pedidos de impugnação.
O tribunal ainda não fez o cômputo final dos 300 distritos eleitorais. Caso encontre irregularidades importantes, a eleição poderá ser anulada. O TEPJF tem até 6 de setembro para declarar oficialmente o presidente eleito ou declarar as eleições nulas. Em 2 de julho, Calderón obteve 243 mil votos a mais do que López Obrador (uma vantagem de 0,6 ponto porcentual). O resultado foi anunciado pelo Comitê Federal Eleitoral (cujo presidente teve Calderón como padrinho de casamento). A coalizão de esquerda contestou os resultados e desde então, centenas de milhares de manifestantes pró-López Obrador instalaram 47 acampamentos no centro da capital mexicana, pressionando pela anulação da eleição.