Porto Alegre – O Tribunal Internacional Popular sobre Transgênicos concluiu, por unanimidade, que não existem informações suficientes sobre os organismos geneticamente modificados para serem liberados no país. Também por unanimidade, condenou os réus, a Monsanto do Brasil e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), por introduzir e disseminar ilegalmente as sementes geneticamente modificadas no Brasil colocando em risco a saúde da população.
Embora ausentes, a multinacional e a representante do setor agrícola gaúcho, receberam a condenação moral da sociedade no Tribunal, que reuniu milhares de militantes do movimento social de várias cidades do Rio Grande do Sul e representantes de entidades, ONGs e instituições. Eles acompanharam a sessão, presidida pelo juiz do Tribunal Regional do Trabalho, da 4ª Região, José Felipe Ledur. O procurador da República, Aurélio Virgílio Veiga Rios, atou como promotor.
Durante o julgamento, foram apresentados relatórios de pesquisas sobre as sementes modificadas, detalhando o que são e os riscos potenciais à saúde humana e ao meio ambiente, além dos prejuízos obtidos com uso de transgênicos.
A Monsanto do Brasil e a Fetag, que já haviam se negado a receber as citações encaminhadas pelo Tribunal, não compareceram a audiência alegando estarem previamente condenadas, porque a organização do evento e os convidados são contrários aos transgênicos.
A advogada Maria Rita Reis, da coordenação do Tribunal, informou que os autos do processo serão encaminhados às autoridades competentes, para que as providências sejam tomadas.
Tribunal popular condena produtora de sementes transgênicas
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