Brasília – Há dez anos, as cédulas de papel começaram a ser substituídas pelas urnas eletrônicas no Brasil. A tecnologia foi utilizada pela primeira vez nas eleições municipais de 1996, nos 57 municípios mais populosos do país. Em 1998, o uso foi ampliado e, em 2000, as eleições passaram a ser informatizadas em todo território nacional.
A experiência brasileira despertou a curiosidade de mais de 30 países que já enviaram representantes para conhecer o sistema de votação brasileiro. Outros quatro países, Argentina, Equador, México e Paraguai, já utilizaram as urnas em votações por meio de empréstimo.
Para as eleições deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comprou um lote novo de 25 mil urnas, que serão encaminhadas aos estados de Mato Grosso do Sul, Rondônia e Santa Catarina. Com a nova compra, serão 432.630 urnas eletrônicas em todo o país.
Os novos aparelhos vêem com melhorias de tecnologia, explica Giuseppe Janino, secretário de Tecnologia da Informação do TSE. Além de processadores de informação mais rápidos, a urna virá com um cartão de memória, semelhante ao das câmeras fotográficas digitais. O novo recurso tem mais espaço de memória do que os antigos disquetes. Além disso, as urnas novas virão com um leitor biométrico. O recurso permite identificar o eleitor pela digital, mas ainda não será utilizado nesta eleição.
Todo o projeto da urna, segundo ele, é planejado pelo TSE. ?O design, os componentes, os programas?, afirma. ?Só a fabricação é terceirizada?. Este ano, as urnas foram produzidas pela empresa norte-americana Diebold.