A Corte Arbitral do Esporte (CAS) adiou a decisão sobre o caso de Vanderlei Cordeiro de Lima. Com apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), ele pede a medalha de ouro na maratona dos Jogos de Atenas, em 2004, quando ganhou o bronze mas foi atacado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan na hora em que liderava a prova.

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O tribunal com sede na Suíça deveria dar o resultado do processo nesta semana. Mas, diante da complexidade do caso, adiou a decisão para o final do mês.

A reivindicação brasileira é que Vanderlei Cordeiro de Lima ganhe a medalha de ouro, sem prejuízo ao italiano Stefano Baldini, que venceu a prova em Atenas.

A Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) recusou o pedido brasileiro e o caso acabou no tribunal máximo do esporte, em Lausanne, na Suíça. Para a Iaaf, a preocupação é não deixar que se abra um precedente. Tanto que, durante as audiências no início de junho, acusou o COB de estar praticando "puras especulações" ao argumentar aos juízes internacionais que Vanderlei poderia ter vencido a prova se não tivesse ocorrido o incidente.

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Diante da complexidade do caso, os três árbitros internacionais escolhidos para julgar o recurso brasileiro pediram inicialmente de quatro a seis semanas para se pronunciarem sobre o resultado. "Esse é um caso único", admitiu na época um dos juízes.

O tempo solicitado pelos árbitros já era maior que a média das outras decisões tomadas pelo CAS, que levam no máximo duas semanas para serem anunciadas.

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Agora, mais uma extensão foi dada aos árbitros.

Para as audiências há mais de um mês, o COB pagou a viagem do grego Polyvios Kossivas até a Suíça para testemunhar. Foi ele quem livrou Vanderlei do ataque do ex-padre irlandês.