Cerca de 300 professores e estudantes passaram pelos hospitais Universitário e Municipal de Maringá hoje, com sintomas de intoxicação, provavelmente alimentar. À tarde, 42 continuavam internados recebendo soro. Eles reclamavam de dores abdominais e nas costas e apresentavam quadro de diarréia e vômito. A Vigilância Sanitária recolheu amostras de alimentos para análise. Os secretários da Saúde, Cláudio Xavier, e da Educação, Maurício Requião, estavam viajando para Maringá hoje à tarde.
De acordo com a diretora do Núcleo de Educação de Maringá, Adelaide Colombari, cerca de seis mil pessoas de 58 municípios estão reunidos desde segunda-feira no Parque de Exposição da cidade para um festival de artes, organizado pela Secretaria de Estado da Educação. Dessas, 4 mil fazem as refeições no local. "Ainda não há diagnóstico para adiantar que o problema seja conseqüência da alimentação", argumentou.
As principais suspeitas são quanto à alimentação, pois na noite de quinta-feira foi servida carne de porco no jantar. Uma estudante ouvida por um canal de televisão disse que ela "estava meio crua". A Vigilância Sanitária também recolheu amostras de barracas que vendem salgados e são gerenciadas por particulares.
De acordo com o Hospital Universitário, foram atendidas 74 pessoas, das quais 32 continuavam internadas. No Hospital Municipal passaram 220 e dez ainda estavam internadas.
A divulgação do problema deixou os pais das crianças e adolescentes bastante apreensivos, pois 2.500 não residem em Maringá e estão alojados em 10 escolas da cidade. "Qualquer pai ou mãe fica apavorado", disse a diretora do núcleo. "Eles estão ligando e eu tenho que explicar o que aconteceu." Apesar do problema, o festival teve continuidade com a apresentação de várias oficinas. O evento será encerrado neste sábado (25).
