Cerca de três mil trabalhadores estão participando da Marcha Nacional do Salário Mínimo organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Eles iniciaram a marcha na cidade de Valparaíso (GO), a 40 km de Brasília, e pretendem entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (15) uma carta reivindicando o aumento do salário mínimo e a correção da tabela do imposto de renda.

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"A marcha já é vitoriosa. Em outros anos não se batia no salário mínimo e no imposto de renda. A marcha obrigou a pautar a conjuntura nacional esse debate", afirma o presidente da CUT, Luiz Marinho. Os sindicalistas querem um aumento de R$ 320 do mínimo em 2005 e a correção da tabela do imposto de renda em, pelo menos,17%.

Na quarta-feira, os trabalhadores também farão uma manifestação em frente ao Congresso Nacional para sensibilizar os parlamentares a aprovarem o mínimo em R$ 320. "Estamos criando todo o clima de pressão. O governo pode anunciar um aumento insatisfatório e podemos disputar no Congresso. A luta ainda está pelo meio", destaca Marinho. No sábado, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, declarou que a proposta do governo é reajustar o mínimo para R$ 300 a vigorar a partir de maio de 2005, ou para R$ 290, a partir de janeiro. Atualmente o valor do salário mínimo é de R$ 260.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, que também participa da marcha, afirma que os representantes das centrais sindicais devem ir hoje à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional para discutir o valor do mínimo. "Vamos procurar hoje as lideranças para, na próxima quarta-feira, estarmos falando com todos os líderes da Câmara e do Senado".

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