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O terremoto atingiu sete cidades
da região central do Estado.

Londrina – Um tremor de 4,3 graus na escala Richter atingiu sete cidades da região central do Paraná por volta das 21 horas de quarta-feira (4), assustando milhares de pessoas, mas sem causar ferimentos ou danos materiais. O epicentro ocorreu em Telêmaco Borba, a cerca de 200 quilômetros de Curitiba, e o abalo foi sentido num raio de 50 quilômetros, nas cidades de Ponta Grossa, Castro, Tibagi, Ortigueira, Reserva e Imbaú. A causa do tremor, segundo o geólogo Augustinho Rigoti da Universidade Federal do Paraná, foi a acomodação das rochas sedimentares localizadas na região de Telêmaco Borba.

O tremor foi detectado pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, que o classificou, de acordo com a Defesa Civil do Paraná, de "excepcionalmente forte" para os padrões brasileiros. Segundo o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, chefe da seção operacional da Defesa Civil, ao contrário de outros abalos registrados no Estado – como o de seis meses atrás na região de Cascavel, Oeste, também sentido em Goiás e Mato Grosso do Sul -, este não foi reflexo de terremoto na região dos Andes. "O epicentro foi aqui mesmo", disse o tenente Pinheiro.

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O Paraná, observou o tenente Pinheiro, registrou 13 abalos nos últimos cem anos, mas este "foi o mais intenso". Novos tremores poderão ocorrer, devido ao acomodamento das placas tectônicas, mas quando e qual a intensidade não é possível prever, acrescentou.

"Forte, forte não foi, mas chacoalhou bastante", sintetizou o soldado Luiz Carlos, da Polícia Militar de Telêmaco Borba. O abalo, que durou cerca de 10 segundos, levou milhares de pessoas às ruas. Muitas passaram a noite em claro, com medo de novo tremor, contou o sargento Aurélio, do Corpo de Bombeiros.

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A corporação recebeu cerca de 500 telefonemas durante toda a noite de pessoas assustadas e em busca de informações. "As janelas da minha casa tremeram e os móveis vibraram", relatou Janaina Carneiro. "Disseram que foram dois abalos, mas só senti um", acrescentou.

Os abalos, de fato, foram dois, mas, como em todo terremoto, o primeiro tremor é refletido em uma ou mais ondas de choque, de menor intensidade. Terezinha Chagas, de Ponta Grossa, sentiu os dois tremores quando servia café para família. "O assoalho rangeu e os móveis tremeram", disse ela. Sua conterrânea Angelina Santos, confessou: "Não consegui dormir".