Um protesto envolvendo 40 travestis movimentou o centro de Curitiba, na tarde de ontem. Escolhido como Dia da Visibilidade dos Travestis (29 de janeiro), as manifestantes pediram respeito, igualdade e aproveitaram a ocasião para lançar uma campanha pedindo às instituições públicas que utilizem os nomes sociais dos travestis e transexuais ao invés do nome de batismo.

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Igo Martini, presidente do Centro Paranaense da Cidadania (Cepac), explica que o principal objetivo da campanha é evitar que pessoas com aparência feminina sofram preconceito.

“O constrangimento em ser chamado pelo nome de batismo em escolas e em filas, por exemplo, é muito grande. Isso faz com que os travestis larguem o estudo e deixem de frequentar hospitais e outros locais onde o nome formal das pessoas é cobrado”, explica Martini.

No Pará, a portaria 16/2008 já orienta que as escolas públicas matriculem travestis e transexuais com o nome social. A proposta já foi apresentada ao governo do Paraná, que ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto.

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Segundo o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) de Curitiba, Toni Reis, dentre todas as classes atendidas pela entidade, os travestis são os que mais sofrem com o preconceito. Para o travesti Rafaelly Wiest, membro do Grupo Dignidade, a aparência e o pensamento de mulher são as maiores razões para que a mudança aconteça.