A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) na semana que se encerrou no dia 6 de dezembro ficou 0,26% acima da apuração anterior (de 18 a 24 de novembro). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas. O IPC-S registrou alta de 0,57% contra a taxa de 0,31% da semana anterior. Os setores que mais influenciaram a taxa foram os de transportes (que passou de de 1,42% para 1,89%) e habitação (que recuou de 0,60% para 0,54%). Os dois grupos tiveram peso de 68% sobre o resultado final.
O preço dos alimentos foi o que apresentou a menor alta, mesmo assim contribuiu para que o IPC-S subisse. Depois de onze apurações negativas, o grupo de alimentos teve uma variação de 0,06% contra a taxa de -0,55% da última apuração. De acordo a Fundação Getúlio Vargas alguns produtos importantes na cesta de consumo das famílias brasileiras apresentaram aumento nos preços. As frutas (de 1,78% para 4,25%), carnes bovinas (1,48% para 3,08%) e pescados frescos (2,79% para 3,30%) foram os produtos que apresentaram os maiores aumentos nos preços.
Apesar da alta geral no setor, onze produtos ainda tiveram queda de preços: arroz e feijão (passou de 0,12% para -0,36%); hortaliças e legumes (-8,31% para -6,99%); e óleos e gorduras (-2,08% para -1,70%).
Só o grupo Habitação registrou redução na taxa: passou de 0,60% para 0,54%. De acordo com a pesquisa da FGV o principal motivo para a queda foi a tarifa telefônica residencial, que baixou de 2,71% para 2,52%. O gás de bujão também subiu menos: de 1,85% na apuração anterior para 1,64%.
No grupo Transportes os itens combustíveis e lubrificantes (3,33% para 4%) foram os que mais influenciaram no resultado do setor, em consequência do novo reajuste da Petrobrás, divulgado no dia 26 do mês passado. O preço da gasolina passou de 2,56% para 3,30%, sendo a maior contribuição individual para a taxa do grupo. Os itens transporte público urbano (0,19% para 0,77%); tarifa de ônibus urbano (0,22% para 0,62%) e tarifa de táxi (0,83% para 3,91%) também contribuíram para elevação da taxa.
O grupo Despesas Diversas registrou alta de 0,21 ponto percentual e ficou em 1,07% . As principais contribuições vieram do aumento no preço do cigarro (1,91% para 3,91% e da cerveja (0,16% para 0,40%).