Transgenia prepara caminho para a “semente suicida”

A estratégia da Monsanto e das multinacionais de sementes é, na primeira etapa, a contaminação da produção de grãos do planeta por plantas transgênicas e, em seguida, o controle global da comercialização de sementes através das chamadas "sementes suicidas". Com todas as áreas de produção agrícola contaminadas por plantas geneticamente modificadas, os agricultores somente poderão adquirir sementes transgênicas estéreis. E ficariam definitivamente na dependência destas multinacionais, já que as sementes crioulas deixariam de existir.Este é o alerta do economista Jean Marc Von Der Weid, que participou do "Encontro Soja Pura do Paraná", promovido pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.
O economista ressaltou que "o governador Roberto Requião teve a visão correta em assumir a resistência contra os transgênicos. Ele vem alertando que a estratégia da Monsanto começou pela contaminação da soja da Argentina, seguindo pela contaminação da produção gaúcha. A próxima etapa era a contaminação da produção paranaense. Mas, a posição do governador paranaense está dificultando os planos da Monsanto".
Jean Marc explica que a chamada "semente suicida", também conhecida como "terminator seed" é uma técnica de transgenia que permite a produção de sementes que geram plantas normais na aparência, que dão flores normais até o momento em que o grão se forma. Nesta etapa, a planta mata o germe do grão. O agricultor colhe então um grão estéril".
Este tem sido o cenário que o governador Roberto Requião tem transmitido aos agricultores paranaenses. Ele denuncia que o domínio da produção de sementes é a meta das empresas multinacionais, buscando o monopólio total dos alimentos agrícolas no planeta. E destaca: "o agricultor que tem apenas a terra, terá que pagar para nela plantar. Porque a cada safra terá que comprar novo lote de sementes, já que os grãos colhidos não germinarão. Este é o quadro diabólico que está sendo combatido por todos aqueles que tem a obrigação e o dever de preservar a soberania de nosso país, que passa obrigatoriamente pela defesa da independência de nossa agricultura, porque sem a produção suficiente de alimentos não há povo que consiga sobreviver".
Para o governador Roberto Requião "esta estratégia do capitalismo global encontrou solo fértil na atual gestão do Ministério da Agricultura que tenta impor este modelo de dominação da produção agrícola brasileira junto com as lideranças do agronegócio brasileiro". Ele diz ainda que "o único objetivo é o lucro rápido e fácil, sem conseqüências, sem compromisso com os reais interesses da Nação. Para isso contam com cooptação de políticos, alguns até com formação em agronomia, e que sabem o que está acontecendo, mas que fazem vista grossa em troca de apoio financeiro para suas campanhas.Todos são parceiros, coniventes neste complô fantástico que se esconde na estranha defesa dos transgênicos".

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