São Paulo (AE) – A transferência do material coletado em animais com suspeitas de febre aftosa de Mato Grosso do Sul e Paraná para Belém do Pará tem provocado atrasos na confirmação dos casos. A demora provoca pressão junto ao Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Belém e de Recife ambos autorizados pelo Ministério da Agricultura a fazer o trabalho. Embora a queixa seja verdadeira, ela é inócua.
Os exames em materiais suspeitos continuarão a ser feitos nestes dois laboratórios por uma questão de segurança. Nenhum material infectado com um vírus não presente numa região pode ser manipulado em áreas consideradas zonas livres, como em MS e PR.
Segundo Airton Nogueira, coordenador do Lanagro de Belém, há pressões para que o resultado saia mais rapidamente, o que nem sempre é possível, garante o coordenador.
O que tem ocorrido nas últimas semanas, quando o Lanagro de Belém recebeu a maior parte do material coletado em vários pontos da zona tampão de MS, é a dificuldade de isolar rapidamente o vírus da aftosa. "Quando as metodologias que permitem este trabalho mais rápido falham, é necessário o uso de outras técnicas, o que provoca adiamento na conclusão", explica o coordenador.