Pelo panorama observado nos últimos dias na Câmara dos Deputados em relação à proposta de dilatação do prazo de cobrança da CPMF, ao governo restou apenas uma fímbria da folgada vantagem numérica da base sobre a oposição.

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Enquanto a oposição valeu-se dos recursos regimentais para obstruir enquanto foi possível a votação da matéria, o PMDB, maior bancada de apoio ao governo na Casa, não se fez de rogado e passou a exigir, em troca dos votos, a imediata nomeação de seus indicados na Petrobras e outras estatais.

O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), foi incansável na tentativa de obter dos líderes partidários um acordo para a votação das 36 emendas aglutinadas e 10 destaques, com a finalidade de apressar a votação em segundo turno e o encaminhamento da matéria ao Senado. O líder dos Democratas, deputado Ônix Lorenzoni (RS), divergiu ao afirmar que o partido prefere analisar as emendas e destaques em separado.

A dificuldade do governo na Câmara, onde a base tem maioria, mas não abre mão de regatear as benesses costumeiras, será ainda mais penosa no Senado, diante do equilíbrio entre a base e a oposição. Tudo o que o PT execrou nos demais partidos, antes de ser governo, está tragando agora.

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