Traficantes atacam Força Nacional com granadas no Rio de Janeiro

No dia de maior resistência à presença da Força Nacional de Segurança (FNS), traficantes do Complexo do Alemão (zona norte) lançaram granadas contra a tropa, incendiaram barracas de camelôs e dispararam contra transformadores de energia elétrica. Por conta disso, muitos moradores ficaram sem luz, água e telefone. Os criminosos também usaram um carro, um Picasso, para fazer barricada, a fim de evitar a entrada dos policiais na Favela da Grota, uma das dezoito comunidades que compõem o complexo. O veículo ficou totalmente destruído, com várias perfurações à bala.

O intenso tiroteio começou ontem à noite e se prolongou durante a madrugada desta quinta-feira (15), causando pânico a quem mora ou passava por ali. Motoristas que trafegavam pelas ruas do entorno do complexo deram marcha à ré para evitar que fossem atingidos por balas perdidas. Ninguém, no entanto, ficou ferido nesta quinta-feira, no último dia de operação, informou a Secretaria de Segurança (Seseg). Durante o conflito, uma das granadas lançadas pelos bandidos explodiu e destruiu uma loja de material de construção, localizada na principal rua de acesso à Favela do Grota. Ontem, traficantes do Complexo do Alemão utilizaram um rádio-transmissor para debochar da participação da FNS. Disseram que a Força teve "medo" de entrar na favela.

Nesta quinta-feira de manhã, soldados do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) e oficiais da FNS foram substituídos por policiais militares que atuaram apenas no cerco à comunidade. Houve mais um tiroteio, desta vez entre PMs e bandidos, próximo à Estrada do Itararé. Com medo de serem atingidos por balas perdidas , muitos moradores faltaram ao trabalho.

O objetivo principal da operação era apreender armas e drogas e deter traficantes. Os policiais também checaram uma denúncia de que havia um depósito de armas na região, mas não encontraram nada. Além da Força, a Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core) e o Bope participaram da ação. A Seseg corrigiu nesta quinta-feira um erro de informação. Na terça-feira, cinco pessoas, entre as quais quatro traficantes, morreram e não seis como havia informado. No segundo dia de operação, na quarta-feira, um criminoso morreu e outro foi preso.

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