Trabalho voluntário é responsável pelo bom andamento do programa

?Encontrei uma maneira de viver melhor ajudando as pessoas. Não sou rica, mas também não tenho ambição. Pra mim parece que a riqueza maior é servir?. A declaração é da coordenadora da Pastoral da Criança em Maringá, Maria de Fátima Pontes, e mostra toda sua satisfação em participar como voluntária no Programa Leite das Crianças, do Governo do Estado.

Segundo ela, o programa foi implantado na pastoral porque o único colégio que distribuía leite na região era muito longe para algumas famílias. ?Fizemos com que o leite chegasse mais perto das pessoas que precisavam. Com isso, facilitamos a vida dessas pessoas. Aumentamos nosso trabalho é bem verdade, mas isso não importa e mostra como tem gente precisando da nossa colaboração?, orgulha-se a coordenadora.

Maria de Fátima trabalha com outras quatro pessoas na distribuição de leite para 86 crianças carentes da região da Vila Operária. Essa rotina começou em outubro de 2004, quando foi aberto o ponto de redistribuição na pastoral.

O Programa Leite das Crianças começou a ser implantado na região de Maringá em maio de 2004, atendendo 1050 crianças em 16 municípios. Em agosto daquele ano, o programa já estava funcionando em 29 cidades. Atualmente, são atendidas 8.225 crianças, que recebem 254.975 litros todo mês. O investimento mensal chega a R$ 249.875,50 entre os municípios.

De agosto de 2004 a julho de 2005, o número de crianças atendidas na cidade de Maringá subiu de 1356 para 2343, um aumento de quase 73%. Os pontos de distribuição também subiram de 11 para 18.

Segundo a coordenadora regional do programa, Maria da Penha Silva, o maior número de pontos de distribuição se deve também ao trabalho dos voluntários, que se esforçam para levar o leite para mais perto das famílias.

No Colégio Estadual Tânia Varela, no conjunto Requião, região de moradores carentes de Maringá, 258 crianças recebem um litro de leite todos os dias. Olinda Donizette Oliveira, a ?Xuxa? com é conhecida pelas mães, trabalha no colégio há 6 anos e hoje se dedica ao programa. Ela garante que se sente feliz ao ver as mães irem buscar o leite nos dias de entrega.

?Pra mim vale a pena, a gente vê as mães conseguindo pegar o leite e as crianças crescendo fortes. Com o programa, as mães têm boas razões para ir até o colégio. Na fila elas se conhecem, conversam e trocam experiências. E com a gente é a mesma coisa, elas me consideram muito?, declara Xuxa.

Para a diretora do colégio, Leila Aparecida Azevedo, uma das maiores dificuldades para implantar o Leite das Crianças naquele estabelecimento de ensino foi a falta de recursos. ?A escola se mantém apenas com a verba estadual, e por isso tem verba limitada? garante a diretora. Leila explica ainda que as despesas com luz, conta de telefone e acesso à internet aumentaram. ?Os gastos a mais pesaram no orçamento do Tânia, mas com a insistência de algumas pessoas que acreditavam, nós abraçamos o programa que hoje, apesar das dificuldades que ainda encontramos, é orgulho para nós? finaliza ela.

A coordenadora regional do Programa disse que, para ser voluntário, só é preciso vontade, que as oportunidades aparecem. ?Essas pessoas não precisam ter muitas condições de ajudar. Elas simplesmente aproveitam o gancho do programa para fazer a sua parte?.

Além dos voluntários que ajudam na distribuição do leite, o programa conta também com a dedicação dos membros dos comitês gestores, implantados em cada cidade. Eles são responsáveis pelo controle do Leite das Crianças em cada comunidade.

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