Representantes da Pastoral Carcerária entregaram, na tarde desta terça-feira (11), ao governador Roberto Requião pauta de sugestões para melhorar o trabalho de evangelização e assistência social nas penitenciárias do Estado. ?O Sistema Penitenciário está aberto para atuação da igreja, pois, com isso, há melhora no clima interno das unidades. Porém, as pessoas que trabalharem dentro de uma penitenciária terão que se cadastrar, para que seja garantida a segurança durante o período de permanência no local?, sintetizou Requião.
O governador avaliou a proposta, junto com o secretário da Justiça e da Cidadania, desembargador Jair Ramos Braga, o bispo-auxiliar de Curitiba, dom Ladislau Bienarski, o coordenador da Pastoral Carcerária de Curitiba, padre Massimo Ramundo e o assessor jurídico da entidade, Luiz Nascimento. ?Discutiremos uma forma de flexibilizar, na medida do possível, as reivindicações para o trabalho dos voluntários da Pastoral?, adiantou Braga. ?Realizarei uma reunião com os diretores das unidades, para discutir o que pode ser feito para manter a segurança e permitir o desempenho dos voluntários desta entidade?, concluiu o secretário.
Para dom Ladislau, os pontos mais importantes para melhoria do trabalho da Pastoral Carcerária são ter a autorização para aumentar o número de voluntários nas penitenciárias, permissão para uma periodicidade de visitas mais constante e estender programas de catequese e reflexão. ?Creio que poderemos dar atendimento qualitativo aos presos, a seus familiares e até aos funcionários da unidade, resgatando valores perdidos, quando prestamos melhor orientação espiritual?, explicou dom Ladislau.
Sobre casos de superlotação, Requião e Braga esclareceram que, com a construção de 10 unidades prisionais, o problemas deve ser reduzido nas regiões críticas, com a transferências de presos das cadeias públicas para as penitenciárias.
De acordo com Nascimento, há 25 anos a Pastoral atua em Curitiba e 12 no Paraná, em todas as unidades do estado. Ele também explicou que os voluntários são freiras, padres, diáconos e fiéis preparados anteriormente para desenvolver o trabalho e ter informações sobre os procedimentos e os internos das penitenciárias.