Brasília, São Paulo e Rio – Para garantir o veto presidencial à Emenda 3, da lei que cria a Super Receita, as sete principais centrais sindicais fizeram nesta terça-feira (10) paralisações de advertência por todo o país. A emenda determina a restrição da atuação do fiscal do trabalho e transfere à justiça a definição do vínculo trabalhista. Apesar de ter sido vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Congresso Nacional ainda pode derrubar o veto até amanhã (11).

continua após a publicidade

Participam trabalhadores de diversas centrais, como Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Social Democracia Sindical (SDS), a Central Autônoma de Trabalhadores (CAT) e Nova Central. À tarde, representantes das centrais se reúnem com os ministros da Fazenda, Guido Mantega; do Trabalho, Carlos Lupi; e da Previdência Social, Luiz Marinho, para discutir um novo projeto de lei que substitua a Emenda 3 da Super Receita.

Em Brasília, cerca de 20 manifestantes esperaram no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek a chegada dos parlamentares para entregar a eles uma carta pedindo a manutenção do veto. Normalmente os parlamentares chegam a Brasília na terça-feira para começar os trabalhos de votação da pauta da semana.

Em São Paulo, cerca de cinco mil bancários de 25 agências e quatro complexos da região central da capital paulista também fizeram uma paralisação. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, com a aprovação da Emenda 3 ficará mais fácil para os empregadores contratarem prestadores de serviço mantendo relações de trabalho com características formais.

continua após a publicidade

Bancários no Rio atrasaram a abertura das agências atrasaram em uma hora a abertura de cerca de 40 agências bancárias localizadas na Avenida Rio Branco, no centro da capital carioca. O protesto, que reuniu dezenas de entidades lideradas pela Coordenação dos Movimentos Sociais, incluiu além da mobilização dos bancários, a distribuição de panfletos nas ruas do centro.