Os trabalhadores da General Motors (GM) de São José dos Campos paralisaram a produção nesta sexta-feira, dia 2, contra a ameaça de 960 demissões anunciadas pela fábrica. O protesto foi encabeçado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A greve de 24 horas teve adesão de 100% dos trabalhadores da empresa, que deixou de produzir cerca de 1.000 carros, entre Corsa, Meriva, Blazer e S-10.
No turno da tarde, 2 mil operários fizeram uma marcha da portaria da empresa até a entrada da Refinaria da Petrobras, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participava de uma solenidade. Com faixas, cartazes e dois bonecos representando trabalhadores da GM e Volks (empresa que também ameaça demitir na região), os metalúrgicos caminharam cerca de seis quilômetros.
Uma comissão de trabalhadores entrou na refinaria e entregou uma carta endereçada ao presidente Lula, pedindo apoio na luta contra o desemprego na região. O documento foi recebido pelo representante da Secretaria Geral da Presidência, Hilário Cândido, e por um membro do Gabinete do Presidente, Sérgio Alvarez.
Os assessores do presidente prometeram enviar uma resposta ao Sindicato até a próxima quarta-feira, dia 7. A GM tem 10 mil trabalhadores em São José dos Campos.