O resultado da inflação baixa, reajuste real do salário mínimo e aumento de vagas com carteira assinada no mercado de trabalho foi verificado no rendimento médio dos brasileiros, que pela primeira vez em cinco anos apresentou crescimento superior aos índices de ocupação.
Considerando indicativos do ano passado, o total de empregos cresceu 2,3%, ao passo que a renda do trabalhador se expandiu em 4,3%. No geral, a massa dos salários progrediu mais de sete pontos percentuais, segundo apurou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realiza uma investigação dos rendimentos auferidos pelos indivíduos empregados.
O crescimento do rendimento médio dos trabalhadores, comparado ao do imediato mês anterior, ocorreu pela primeira vez desde a implantação da Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE, em março de 2002. Em 2005, a massa salarial cresceu 8,4% e no ano anterior, 5,4%. O diferencial é que nesses dois exercícios a ocupação suplantou o rendimento mensal.
Em 2006, foram criadas 363 mil vagas com carteira assinada no setor privado (68 mil postos na indústria), mostrando que setores não tradicionais na contratação formal estão com maior número de trabalhadores.
Os números não tiveram maior abrangência no setor industrial, segmento que historicamente sempre ofereceu mais empregos com carteira assinada, por causa do impacto negativo do câmbio sobre as exportações.