São números atualizados até o último dia 8, que mostram cobertura de 91,9% do universo de 6.987.932 trabalhadores formais que recebem até dois salários mínimos e que têm direito ao abono. A Caixa adverte, contudo, que 565 mil pessoas ainda não retiraram o benefício; e, quando isso não ocorre dentro do calendário, o dinheiro referente ao abono retorna para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A situação é mais crítica ainda em relação aos rendimentos, em valores menores, que beneficiam os que têm ganhos acima de dois salários mínimos e se cadastraram no PIS/Pasep até outubro de 1988. Neste caso, só 47% dos 32,332 milhões de beneficiários haviam sacado. Mais de 17,118 milhões de assalariados deveriam, ainda, retirar os rendimentos, no valor total de R$ 1,050 bilhão.
Quando não procurados, os rendimentos se acumulam no saldo de quotas do PIS, numa conta em nome do trabalhador, e podem ser sacados a qualquer tempo, desde que atendido os critérios de saque: aposentadoria, reforma militar, transferência para a reserva remunerada, invalidez permanente, quando completa 70 anos de idade ou é portador de doenças como Aids e câncer.
Os atrasos nos saques também preocupam o Banco do Brasil, que administra o programa similar na área do serviço público: o Pasep. Nesse caso, todos os abonos, no valor de R$ 287,3 milhões, foram pagos, beneficiando 1,430 milhão de servidores. Mas, com relação aos rendimentos, que são em valores menores, ainda falta muita gente procurar o benefício.
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